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FLORESTAS PLANTADAS E SEU MOMENTO

16/09/2016

Não é apenas o eucalipto que ameaça o futuro da silvicultura do pinus no Brasil, que enfrenta diversos desafios e demandas atualmente. “No momento, as principais demandas são: financiamento de custeio para execução dos desbastes; políticas públicas de incentivo a novas plantações; e um programa seguro e robusto de estradas vicinais”, explica o diretor executivo da APRE.

“Hoje as empresas do setor têm um custo alto com manutenção de estradas vicinais (municipais e estaduais) por negligência do poder público, que alega não ter recursos”, corrobora Gilson Geronasso, diretor vicepresidente da Remasa Reflorestadora S.A.

A crise econômica pela qual passa o país também é apontada como responsável pela queda na demanda por produtos oriundos do setor. “Em Santa Catarina, a expansão virá no momento em que se equacionar o excedente de madeira oriunda do primeiro desbaste em plantios comerciais com o consumo – ou seja, quando a demanda por madeira no mercado interno voltar a crescer”, diz o diretor executivo da ACR, Mauro Murara Jr.

Outra ameaça é a difusão de certas pragas que afetam especificamente as árvores do gênero. “Podemos citar o ataque do macaco-prego, que hoje já pode ser considerado uma praga para as florestas de Pinus taeda. Estamos há mais de 12 anos trabalhando em conjunto com a Embrapa Florestas, mas infelizmente, sem nenhum sucesso até o momento”, relata Gilson Geronasso, da Remasa.

Tecnologia e pesquisa

Para superar desafios como estes, investimentos em novas espécies, tecnologias e linhas de pesquisa podem ser a solução. Segundo Gabriela Bassa, diretora da ArborGen Tecnologia Florestal, o problema do aumento da produtividade do pinus pode ser enfrentado por meio do melhoramento genético.

“Estamos trazendo para o mercado de mudas de pinus com material genético de famílias de polinização aberta e polinização controlada, além dos clones já disponíveis para venda. Esses materiais trazem flexibilidade ao produtor de madeira em termos de escolha do material genético a ser plantado, além da possibilidade de aumento do volume de madeira a ser produzido por hectare”, explica.

A genética é também foco da WestRock (antiga Rigesa), que comemora os 60 anos de sua divisão florestal com a implantação do primeiro Pomar Clonal de Sementes de Pinus de 3ª Geração do País.

“O pomar foi estabelecido utilizando-se a técnica de propagação vegetativa por enxertia, clonando plantas superiores, selecionadas geneticamente com alta intensidade. Este método confere maior exatidão e eficiência ao melhoramento, havendo um ganho genético mais elevado, apesar de demandar mais tempo. As mudas provenientes deste pomar possuem elevado potencial genético, oferecendo melhorias significativas em produtividade, uniformidade e rápido crescimento com ampla adaptação às condições edafoclimáticas para as áreas da empresa”, detalha Ricardo Paim, gerente de pesquisa e tecnologia da divisão florestal da WestRock.

Conscientes da importância da inovação técnico-científica para o setor, pesquisadores da Embrapa Florestas atuam em conjunto com o setor privado em diversas frentes de pesquisa com o potencial de trazer grandes benefícios à silvicultura do pinus no Brasil. Além do PCMP (Programa Cooperativo de Melhoramento de Pinus), as linhas de pesquisa da Embrapa incluem softwares de simulação de manejo de precisão para plantios florestais e inovações capazes de reduzir em 50% o custo do controle biológico da vespa-da-madeira, a principal praga de pinus no país.

Fato é que as empresas da região Sul já estão apostando na clonagem do pinus como opção para proporcionar maior homogeneidade do plantio e respectivo aumento de produtividade. No Chile, esta técnica já sendo utilizada em larga escala.

Fonte: B. Forest / Edição 23.

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    A empresa atende clientes nos 3 Estados do sul do Brasil, focada em licenciamentos ambientais, credenciamento de empresas para tratamento fitossanitário quarentenário, defesas administrativas ambientais, gestão de ativos minerários e laudos periciais.